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Voto lúcido

Neste período eleitoral, reproduzimos um texto escrito há 28 anos por Abílio Pinheiro Chagas, pastor sênior da Comunicação e Missão Cristã (CMC), que está no livro "Vida em Comunidade: uma seleção de 90 reflexões de uma experiência de 90 anos" (páginas 64-65), que continua sendo o entendimento dessa comunidade de discípulos para todos os seus membros:


VOTO LÚCIDO

Abílio Pinheiro Chagas | outubro de 1994


Não se pode negociar o voto. Seria o mesmo que negociar a própria consciência. O voto deve ser o reflexo claro daquilo que o cidadão pensa de seu país, estado e município. A consciência é inviolável. Ninguém tem o direito de tentar manipulá-la, sob pena de infringir o direito mais intocável da manifestação democrática do pensamento político.


Os pastores e líderes têm obrigação de orientar os fiéis sobre como votar com ética e com discernimento, mas nunca lhes é permitido transformar esse processo de elucidação e orientação política num projeto de manipulação e indução político-partidária.


É triste ver líderes evangélicos sem essa lucidez democrática e ética. Sem nunca almejar indicar candidatos, o bom líder deve, isso sim, organizar debates multipartidários, propiciando ocasião para que vários representantes de corrente políticas possam ser ouvidos sem preconceitos.


Quando há um candidato cristão evangélico disputando a eleição, ninguém precisa se sentir constrangido a votar nele, a menos que examine as suas qualidades pessoais e políticas para saber se ele é realmente comprometido com as causas da justiça e da verdade. Ainda mais que aparecem muitos candidatos se dizendo evangélicos e que, ao final, não passam de exploradores da confiança de muitas igrejas. Um político evangélico deveria ser antes um evangélico político, para não se tornar em despachante de igrejas, como há muitos por aí.


Havendo um evangélico candidato na disputa das eleições, o melhor que o eleitor evangélico poderá fazer é examinar as suas qualidades, deixando de olhar muito para o partido a que se pertence. Será sempre melhor olhar o homem como irmão na fé, dando-lhe um voto de confiança, desde que ele tenha as qualificações para o cargo a que disputa.


O eleitor evangélico com opinião política diferente da de seu pastor não deve se abalar por isso. O pastor é um líder espiritual e como tal deve ser obedecido, especialmente no que ensina sobre a Palavra de Deus. No âmbito político, a opinião do pastor deve ser considerada apenas como a palavra de um cidadão, e não como uma profecia divina.

Para adquirir o livro "Vida em Comunidade: uma seleção de 90 reflexões de uma experiência de 90 anos" entre em contato pelo telefone (14) 3223-5933, 3223-5944, 98148-2023 ou acesse o link.

 

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